Chapter One

24 de Abril de 2006

10h00 AM

Aeroporto internacional de

Huntington Beach

- Não contou aos outros que está partindo? – Perguntou Michelle, minha melhor amiga.

- Já disse, e irei repetir... – Disse meio impaciente, Michelle estava me atormentando com essa pergunta a manhã inteira – Não, não contei! E nem vocês dois – Disse me referindo a ela e a Ash, meu melhor amigo, que estava calado desde que receberá a noticia de que eu partiria para longe deles, hoje mais cedo. – deveriam saber!

- Eu sei... – Começou Mich. – E se não aparecêssemos em sua casa hoje de manhã...

- Vocês não estariam aqui! – Fui curta e grossa, mas não foi por querer. Houve um motivo pelo qual optei não contar a todos que eu e meus pais estávamos mudando para Los Angeles.

- E Andy?! – Ash se pronunciou pela primeira vez desde então. – Nem um adeus?

- Não... – Sorri fraco, segurando as lágrimas – Isso nem é um adeus! É apenas um... Até logo. – Fechei meus olhos e umas lágrimas escaparam

- Andy te ama, Tay! – Disse Mich, fazendo-me chorar por causa das boas lembranças que Andy e eu tivemos, as mesmas se passaram em minha mente como um flashback, me corroendo por dentro. – Conheço meu irmão... – Ela sorriu. Mas eu também o conheço Mich... – Ele só...

- Eu também o amo! Mas... Ah, por favor, não o deixe esquecer-se disso!

- Mas você está deixando-o! – Ash falou um pouco mais alto que seu tom de antes. – Está deixando a todos nós! – Eu o abracei, o mesmo retribuiu. Em seus braços chorei mais do que há segundos atrás.

- É só por um tempo Ash... Eu espero.

- E se seus pais não quiserem voltar?! – Michelle perguntou preocupada

- Eu volto!

- Eu disse que poderia ficar em casa! – Ela choramingou

- Agora já é tarde... – Sorri fraco – E eu e Andy na mesma casa? Nunca que isso daria certo!

- Isso é verdade... – Rimos.

- Além de que usarei esse tempo que estarei longe de tudo, para pensar!

- Não pense demais em?! Quero ver meu sobrinho antes disso! – Ash disse e eu ri, automaticamente colocando a mão sobre minha barriga já um pouco mais volumosa, não muito, estava apenas de três meses. Eles e meus pais eram os únicos que sabiam que eu estava grávida...

- Não sei se será um sobrinho Ashley! – Rimos.

- Não contou ao Andy né? – Perguntou Michelle. Parece que ela tem sempre que cortar os meus pequenos momentos de alegria.

- Não... – Disse triste. – Como ele mesmo disse, foi um erro aquela noite. – Meu coração apertou.

- Você sabe que ele estava mentindo, foi apenas de momento...

- Eu posso até saber, mas mesmo assim essas palavras machucam, sabia? – Deixei uma lágrima solitária escorrer.

- Sei... Mas, bem... A escolha é sua.

Chamada para o voo 344 – Com destino a Los Angeles

- Eu amo vocês! – Disse e os abracei fortemente. Não sabia qual seria a próxima vez que eu poderia abraça-los novamente.

- Nós também! – Eles disseram em uníssono. – Mande noticias! – Completou Ash.

- Sempre. – Sorri e segui até meus pais.

- Você tem certeza disso? – Meu pai perguntou.

- Toda papai... Eu os amo, mas isso não pode continuar.

- Você é quem sabe. – Ele disse e eu sorri, abracei-o e seguimos para o portão de embarque.

[...]

Faltava meia hora para que chegássemos ao aeroporto de Los Angeles, meu mais novo lar. Eu já tenho idade o suficiente para morar sozinha, eu tenho dezoito anos! Tenho idade, mas quem garante que eu consiga me virar sozinha, nem emprego eu conseguiria, quem iria contratar uma grávida... Claro, eu trabalharia alguns meses e depois eles teriam que me dar licença para maternidade.

Então, o motivo pelo qual disse a meus pais que iria junto com eles fora Andy, eu o amava, por mais que ele tenha me feito sofrer muitas vezes, além de que sinto que essa criança atrapalhará sua carreira, mas sei que, por mais que seja há pouco tempo que ela esta aqui, eu a amo. Seja minha pequenina ou meu pequeno, mas com certeza para ele não será importante...

- Está bem filha? – Minha mãe me perguntou. Umas lágrimas rolaram por minha face.

- Porque é tão difícil mamãe? – Perguntei a ela como se fosse uma criancinha indefesa. O que na verdade, para ela, eu ainda era.

- Eu não sei querida... Mas sei que um dia tudo isso passa! – Ela disse acariciando meu rosto.

- Você tem certeza?

- Sim... – Ela sorriu. Ela era dona do sorriso mais lindo e acolhedor do mundo, eu a amava de qualquer jeito. E ela nem ficará tão brava com a noticia de ser vovó tão cedo – tão cedo ela tem quarenta e cinco anos! –, ela ficou meio chateada, mas aceitou.

- Mãe eu tenho tanto medo... – Eu disse e uma lágrima escorreu pelo canto de minha face.

- Eu sei querida... Mas saiba, aconteça o que acontecer! Sempre estarei aqui para o que você precisar! – Ela disse enquanto secava as lágrimas que, vagarosamente, iam inundando meu rosto.

- Eu te amo mãe! – Eu a abracei.

- Também querida, eu te amo muito! – Ela retribuiu meu abraço mais forte ainda, me senti tão segura nesse instante, que me lembrei de Andy. Lembrei-me de quando ele me fazia sentir segura e amada, não que minha mãe não fizesse isso, mas é bem diferente. O pior é que eu sei que bem lá no fundo, depois de tantas magoas, eu insisto em pensar que ele falará tudo da boca para fora, apenas por que estávamos discutindo, mais uma vez sobre o mesmo assunto: Juliet!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Como eu ainda gosto de digitar com a mão eu postei agora :3  SHAUSHAUSHA Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo, me desculpem os erros e se tiver algo que não faça sentido algum pelo amor de Deus me digam, para que eu possa concertar logo :3                                             Obrigado por lerem, já que estão aqui, deixem um comentariozinho né? :3 Não vai matar ninguém! Eu tenho certeza disso shausahuas